Desde que as vacinas contra a Covid-19 começaram a ser aplicadas no Brasil, muitas dúvidas foram surgindo. Atualmente, o Ministério da Saúde indica uma segunda dose de reforço – a chamada quarta dose – para idosos acima de 80 anos. Essa política já vinha sendo praticada em alguns estados, e agora foi adotada como protocolo nacional.
Diante disso, muitas dúvidas surgiram. Esse reforço é seguro? Por que é preciso mais uma dose para se proteger contra a Covid-19? Um estudo do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, da Universidade Federal do Espírito Santo, e da Rede Ebserh está justamente levantando dados para responder a essas perguntas.
A médica Valéria Valim, professora da universidade que realiza a pesquisa, explica que as vacinas são eficazes, mas apresentam queda na proteção a partir de três meses após a aplicação. Em pessoas saudáveis, essa diminuição dos anticorpos não compromete muito a defesa dos organismos contra o vírus. Já em idosos essa queda pode ser perigosa.
A médica destaca que, com as novas variantes, as taxas de mortes e hospitalizações de idosos aumentaram, o que chamou a atenção para a necessidade de fazer o reforço.
Valéria explica também que esses reforços devem ser necessários em toda população, mas com intervalos diferentes, que serão determinados pelas autoridades de saúde. A médica garante que a vacina é eficaz, segura e que as pessoas devem seguir o calendário de imunizações do Ministério da Saúde e receber o reforço quando estiver disponível para a faixa etária.
O estudo da Universidade Federal do Espírito Santo vai avaliar a efetividade da vacina em idosos de ambos os sexos com 60 anos ou mais, moradores no Espírito Santo.