Com a queda nos números de casos e mortes relacionadas à covid-19, as atenções se voltam para outra batalha que enfrentamos todos os anos. O inimigo é pequeno, mas ao contrário do coronavirus, pode ser visto a olho nu: o mosquito aedes aegypti.
Um levantamento da Secretaria de Saúde do Estado aponta que na Bahia houve até o final de abril, numa comparação com o mesmo período do ano passado, um aumento de mais de 8% nos casos das três doenças causadas pelo aedes aegypti, as chamadas arboviroses.
Além disso, 50 municípios baianos estão em alto e altíssimo risco para as doenças, sendo que 10 deles estão numa situação de epidemia. É o caso de Itabuna, no sul do estado, que viu o número de casos de dengue dobrar em abril e maio. Até o início deste mês, eram quase 800 confirmações para doença.
Enquanto crescem os números de casos de doenças transmitidas pelo mosquito, o sistema de saúde enfrenta mais um problema na guerra: o desabastecimento de insumos para teste de dengue, zika e chikungunya. Um desafio sem prazo para terminar, pois a causa está no outro lado do mundo. Mais exatamente na Ucrânia e na China.
Enquanto enfrenta o problema da falta de insumos, o poder público tenta redobrar os esforços para combater o mosquito. Ações dos agentes batendo de porta em porta foram identificadas, mas ainda não são suficientes. É preciso que a população colabore.