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Saúde

Aumenta consumo de alimentos ultra processados por idosos no Brasil

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Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional
18/07/2022 - 16:44
Brasília

Suco de caixinha, biscoito recheado, presunto, salsicha, macarrão instantâneo. Esses são alguns dos chamados alimentos ultraprocessados, que contém muita gordura, açúcares e sal e que, por isso, fazem mal à saúde Mas, eles têm sido cada vez mais consumidos por idosos, por causa da facilidade na preparação, de acordo com o Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a Pessoa Idosa. O documento foi lançado este mês pelo Ministério da Saúde para orientar esse público sobre o perigo desses produtos e como escolher melhor o que comer.

Doenças como diabetes, hipertensão e obesidade, comuns nessa faixa de idade, podem piorar com a ingestão desses alimentos, pobres em fibras, vitaminas e minerais. Além disso, os ultraprocessados prejudicam o controle da fome, porque induzem as pessoas a comerem mais do que precisam, o que aumenta ainda a tendência de obesidade.

Segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, 52% dos quase três milhões e meio de idosos acompanhados na Atenção Primária à Saúde em 2021, estão acima do peso. 

O nutrólogo Nelson Lucif Júnior, responsável pelo departamento de geriatria da Associação Brasileira de Nutrologia, recomenda evitar os ultraprocessados e dar preferência aos alimentos mais naturais.

O Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a Pessoa Idosa será utilizado nos postos de saúde, para coletar dados sobre a alimentação dos idosos no país e também como orientação de alimentação saudável para esse público.

Entre as dicas, estão respeitar as refeições de rotina - café da manhã, almoço e jantar, e evitar trocá-las por lanches como pães, leite, biscoito e salsichas.

Outro conselho é optar pela fruta inteira em vez de sucos de frutas - mesmo os naturais. As bebidas adoçadas também devem ser evitadas, como refrigerante, suco de caixinha, suco em pó e refrescos, que são repletos de açúcar e conservantes artificiais. É aconselhável ainda beber água mesmo sem sede, para prevenir a desidratação e a prisão de ventre, comuns entre os idosos.

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