Pesquisadores da UFMA - Universidade Federal do Maranhão realizaram o primeiro sequenciamento genético de câncer peniano em uma população latino-americana, um feito considerado inédito. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Silma Pereira, há estudos semelhantes na Ásia, Europa e nos Estados Unidos. Entretanto, os perfis genéticos são diferentes, o que torna necessário estudos com recortes de populações com perfis genéticos e sócio-econômicos específicos.
O câncer de pênis é considerado um tumor raro, por isso difícil de estudar. No Brasil, esse tipo de tumor representa 2% dos que atingem a população masculina, sendo mais frequente no Norte e Nordeste. Dados mais recentes, de 2020, apontam 463 mortes por causa dessa doença. Além dos pacientes que passam pelo procedimento de amputação.
Na pesquisa, os tumores e os tecidos adjacentes ao tumor primário foram coletados de pacientes em tratamento no Maranhão, estado com maior incidência. A ideia era buscar por um "marcador genético" relacionado com o aparecimento ou que ajude a criar possibilidades de tratamento mais específicas. Também foi constatada a alta incidência de infecção viral por HPV, em 95% dos pacientes.
O sequenciamento teve que ser feito na Dinamarca, e a análise dos dados, no Laboratório de Genética e Biologia Molecular da UFMA, sob a coordenação da professora Silma Pereira.
Entre os principais resultados, foram identificados 10 genes só encontrados nos tumores penianos dessa população. Segundo a coordenadora da pesquisa, a identificação da “assinatura mutacional” ajuda na aplicação de drogas que já são utilizadas no tratamento de tumores em outras partes do corpo, além de também possibilitar o desenvolvimento de novos medicamentos específicos.
De acordo com os pesquisadores, a conscientização sobre o câncer de pênis é necessária, já que muitos homens demoram para buscar ajuda, mesmo após observarem feridas e inflamações.
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