Faltando pouco mais de uma semana para o fim da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, cerca de 8 milhões de crianças entre 1 e 4 anos ainda não foram levadas para serem imunizadas. A doença contagiosa é causada por um vírus que, além da paralisia, pode causar dores e atrofia muscular. As informações são do Ministério da Saúde.
A mobilização nacional começou há cerca de três semanas e prevê um público-alvo de 11,5 milhões de crianças. Até agora, pouco mais de 3,5 milhões de doses foram aplicadas, o que indica que a cobertura vacinal inferior a um terço.
Os estados que registram as piores coberturas são Roraima, Acre e Rio de Janeiro, com cerca de 12%. Já a melhor cobertura é a de Alagoas, com 45%, seguida de Santa Catarina e Minas Gerais. Minas também é o segundo estado que mais aplicou vacinas, atrás apenas de São Paulo, que, por ter um público-alvo muito maior, a cobertura contra pólio está apenas na média nacional.
Outro objetivo da campanha é reduzir o número de não vacinados entre os menores de 15 anos.
São cerca de 40 mil postos de imunização abertos no país. De acordo com o Ministério da Saúde, as crianças devem ser vacinadas indiscriminadamente com a Vacina Oral Poliomielite, a famosa "gotinha", desde que elas já tenham recebido as três doses de Vacina Inativada, aquela injetável que consta no esquema básico de vacinação.
As campanhas de vacinação acontecem junto com a imunização contra a covid-19. Os imunizantes contra o coronavírus podem ser aplicados na população a partir de três anos, com qualquer intervalo em relação aos demais imunizantes previstos no calendário nacional.
A mobilização nacional contra a paralisia é adotada desde a década de 1980 e o último caso da doença foi em 1989. Entretanto, a OMS - Organização Mundial da Saúde - considera que a baixa cobertura vacinal é uma das principais ameaças globais à saúde, pois traz o risco de reintrodução de doenças já eliminadas, como a poliomielite.
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Foto: Jose Cruz/Agência Brasil"
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03/12/2024
Gabinete presidencial/divulgação via Reuters/Proibida reprodução"