A vacina SpiN-Tec contra a covid-19, totalmente desenvolvida no Brasil, pela Universidade Federal de Minas Gerais, aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para iniciar os ensaios clínicos.
Os estudos iniciais de eficácia foram publicados, em agosto, na conceituada revista de divulgação científica, Nature. Mais de 30 pesquisadores assinam a publicação, que explica o poder dessa vacina em induzir altas taxas da chamada imunogenicidade, contra as variantes do coronavírus, Delta e Ômicron.
Agora, resta atender às exigências e cumprir os pedidos de documentos da Anvisa, para que a agência reguladora libere os ensaios clínicos de fase um e dois, já que os protocolos para isso estão prontos.
A fase vai avaliar a segurança em humanos e definir uma entre três dosagens que serão testadas em voluntários de até 60 anos. Já a fase dois vai testar a capacidade da vacina em induzir a resposta imune em humanos, contra as variantes Delta e Ômicron. A aplicação será em pessoas acima de 60 anos.
Os pesquisadores pensaram a SpiN-Tec como dose de reforço, levando em conta que grande parte da população brasileira já está vacinada. Um dos componentes do antígeno serve para estimular o sistema imunológico humano a reconhecer mais rápido o vírus e manter a resposta imune por mais tempo no organismo.
Os estudos para o desenvolvimento da SpiN-Tec foram financiados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações em parceria com fundações de pesquisa de São Paulo e Minas Gerais, além da prefeitura de Belo Horizonte.