Aliviar o desconforto respiratório de pacientes com covid, sem precisar de UTI ou de entubação. Esses são alguns dos objetivos do capacete Elmo. Uma estrutura transparente de PVC que se acomoda no pescoço dos pacientes e é preso pelas axilas. O dispositivo foi desenvolvido no Ceará, por uma equipe de médicos, no auge da pandemia, em 2020.
De acordo com uma pesquisa publicada neste mês, desenvolvida pela Escola de Saúde Pública do Ceará, 66% dos pacientes que utilizaram o dispositivo não precisaram ser intubados. Até o momento, o estudo avaliou cerca de 1570 prontuários de pessoas que ficaram internadas entre novembro de 2020 e novembro de 2021 em dois hospitais de Fortaleza.
O pneumologista Marcelo Alcântra, que faz parte do grupo de estudos do capacete, conta que, além de aliviar a respiração, o dispositivo diminui o risco de contaminação do ambiente.
O capacete Elmo já é produzido e vendido em larga escala, desde a sua aprovação pela Anvisa, no final de 2020.
Dr. Marcelo explica que já foram fabricados 10 mil no Brasil, atendendo mais de 35 mil pessoas. O médico garante que o equipamento pode auxiliar no tratamento de outras doenças e não só da covid 19.
O Elmo foi criado em abril de 2020, a partir de uma força-tarefa público-privada entre a Escola de Saúde Pública do Ceará, a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, a Secretaria da Saúde do Ceará e outras instituições.
