Dados divulgados pela Secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro apontam que entre janeiro e setembro de 2022, houve um crescimento de 55% nos diagnósticos da doença meningocócica, a forma mais grave da doença, na comparação com o mesmo período de 2021. Foram 30 casos no ano passado e 28 este ano, considerando os registros até o dia 22 de setembro. Já a meningite registrou 959 casos em 2021 contra 977 em 2022.
O subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mário Sérgio Ribeiro, afirmou que não há surto da doença no estado, mas fez um apelo para que os pais levem as crianças para se vacinar.
No Estado do Rio de Janeiro, a cobertura vacinal de rotina contra a meningite C, que previne contra a meningocócica, em menores de 1 ano, vem caindo nos últimos anos, assim como para outras doenças.
Em 2017, a taxa ficou em 91% em, 2018, em 87, %; em 2019, reduziu para 76%; em 2020, caiu para 57, %; e em 2021, ficou em 54%.
Este ano, até o dia 22 de setembro, a taxa estava em 36%. A Secretaria ainda não divulgou os dados da vacinação e dos casos das últimas semanas de setembro e início de outubro.
O esquema vacinal da meningocócica C prevê duas doses, aos 3 e aos 5 meses, e um reforço, aos 12 meses. Em julho, o Ministério da Saúde ampliou a oferta da vacina meningocócica C para trabalhadores da saúde e crianças com até 10 anos.
Crianças entre 5 e 10 anos que nunca receberam o imunizante devem tomar apenas uma dose e os trabalhadores da saúde devem receber dose de reforço, mesmo que já tenham esquema vacinal completo.
