Com o objetivo de combater a dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti, a Fundação Oswaldo Cruz, a prefeitura de Niterói e o World Mosquito Program Brasil estão finalizando, neste mês de outubro, a soltura desse mosquito com a bactéria Wolbachia em mais 19 bairros de Niterói.
Assim, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, será a primeira cidade da região Sudeste a ter a cobertura total do projeto.
A soltura dos mosquitos Aedes Aegypti infectados com a Wolbachia, que impede o desenvolvimento do vírus da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana, começou em 2015.
O pesquisador da Fiocruz e responsável pelo projeto, Luciano Moreira, lembra que os dados mais recentes, divulgados pela Fiocruz em 2021, apontam que os casos de dengue caíram 70%, os de chikungunya, 60% e os de zika, 40% nas áreas onde houve a liberação do Aedes.
Já Gabriel Sylvestre, gerente de implementação do World Mosquito Program no Brasil, chama atenção para a importância da participação da população, fundamental para alcançar bons resultados e destacou que são feitas diversas ações em parceria com as equipes de saúde, de educação e lideranças sociais nos territórios escolhidos para a soltura dos mosquitos.
Segundo ele, depois desse período, são feitas pesquisas de opinião para avaliar indicadores que revelam se a população aprova a soltura. E acrescentou que os Wolbitos, como são chamados os mosquitos inoculados com a bactéria, só podem voar para combater as arboviroses com o consentimento dos moradores.