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Saúde

USP: Amostras de sangue de doadores podem ajudar a monitorar pandemia

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Nelson Lin, da Rádio Nacional
25/10/2022 - 19:45
São Paulo

Amostras de sangue de doadores podem ser usadas para monitorar o andamento de uma epidemia. Foi o que fizeram pesquisadores da USP - Universidade de São Paulo, na pandemia da Covid, entre 2020 e 2021.

Os pesquisadores acompanharam a sorologia, isto é, a taxa de anticorpos contra o vírus da Covid, de doadores de sangue de 8 capitais e assim conseguiram determinar, em quais grupos e faixas etárias o vírus atacou primeiro.

O doutorando da Escola politécnica da USP, Carlos Augusto Prete Jr explicou quais as vantagens de se acompanhar a evolução da pandemia através do exame de doadores de sangue.

A pesquisa realizada aponta que a cepa original do coronavírus e, posteriormente a gama, infectou primeiramente homens entre 18 e 44 anos, em todas as cidades monitoradas. 

Em Manaus, cidade onde chegou a faltar oxigênio para o tratamento por causa da segunda onda dessa variante, foi possível verificar, através desse monitoramento, que a Gama estava reinfectando pacientes que já tinham tido Covid, sendo mais transmissível e causando mais mortes. Carlos Augusto destaca que, por isso, medidas como o isolamento social, deveriam ter sido mais intensificadas no fim de 2020 para evitar a disseminação do vírus na cidade e depois pelo país.

Os pesquisadores estão atualmente monitorando a disseminação da Omicron e ainda não publicaram os artigos a respeito, mas o pesquisador adiantou que numa primeira análise está bem evidente a existência da reinfecção das pessoas pela Omicron, mesmo vacinadas e infectadas previamente.

Por isso, tomar as doses de reforço e adotar medidas de proteção, como o uso de máscaras em locais aglomerados, continuam sendo essenciais para evitar as consequencias mais graves doença.

 

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