O Brasil registrou queda nos casos de sarampo e coqueluche. Os dados foram divulgados nesta semana no boletim epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde.
Apesar do país ter recebido em 2016 a certificação de eliminação do sarampo, três anos depois foram confirmados mais de 20 mil casos da doença. Desde 2018, a rede de Laboratórios de Saúde Pública adotou a Vigilância Laboratorial para monitorar e controlar os surtos da doença. O Ministério da Saúde também adotou, em 2019, a estratégia da "Dose zero" da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Essa dose especial aplicada nas crianças com idades entre 6 e 11 meses é anterior à primeira dose do calendário vacinal, aplicada aos 12 meses.
A partir dessas medidas, foram registrados menos de 700 casos de sarampo no ano passado e, neste ano, foram apenas 43 confirmados. O Amapá ainda tem um surto ativo da doença, com mais de 70% dos registros. Em 2022, não ocorreram óbitos por sarampo, mas, no ano passado, o Amapá teve duas mortes de bebês com menos de um ano de idade.
Já a coqueluche atinge principalmente pessoas não vacinadas. Entre 2018 e o ano passado, foram confirmados mais de 4 mil casos da doença no país, mais da metade em bebês. O maior número de notificações ocorreu em São Paulo, Pernambuco e Paraná.
Nos quatro anos analisados pela pasta, apenas no ano passado não houve mortes causadas pela doença. De acordo com o Ministério da Saúde, houve uma redução de 93% de casos confirmados entre 2018 e 2021. Alguns Estados, como o Piauí, chegaram a zerar os registros de coqueluche.