Após doze reuniões para diagnosticar a situação da saúde no Brasil, o grupo técnico do setor, na transição de governo, anunciou que o país vive uma “possível nova onda” de covid-19. A declaração é do Senador Humberto Costa, do PT, membro da equipe e disse estar preocupado com a vacinação, no Brasil.
Humberto Costa é um dos três ex-ministros que estiveram, nesta sexta-feira (25), com o coordenador dos grupos técnicos do governo de transição, Aloizio Mercadante, no CCBB, Centro Cultural Banco do Brasil. Ao anunciar a situação atual da saúde, o GT informou que não tem as informações sobre o estoque de vacinas, o prazo de validade e de quantas foram aplicadas em cada público. Também não se sabe qual o tamanho da fila do SUS, devido ao que o grupo chama de “crise” no sistema de dados.
A pandemia é um dos pontos levantados como prioridade pelo GT da saúde, para o próximo governo. Os integrantes também citaram a reformulação do Plano Nacional de Imunizações, dos programas Farmácia Popular e Médicos pelo Brasil, entre outros. Para dar conta de avançar no setor, o GT defende a aprovação da PEC da transição e que seja contemplada uma verba superior a R$ 22 bilhões para a saúde. É o que explica Arthur Chioro.
Aloizio Mercadante destacou que todos os números e informações levantados sobre a saúde serão repassados para os parlamentares, a fim de que se sensibilizem pela aprovação da PEC da transição.
O diagnóstico completo da saúde leva em conta informações do Tribunal de Contas da União, Ministério da Saúde e Anvisa. Segundo os documentos, não há um plano de ação contra a pandemia e pela vacinação, para o ano que vem. Além disso, há problemas no abastecimento de vacinas, insumos e medicamentos.
O levantamento de cada GT deve ser entregue ao governo de transição até a próxima quarta-feira, dia 30. Depois disso, tudo vai ser compilado em um relatório final a ser entregue ao presidente eleito, Lula, no dia 11 de dezembro.