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Saúde

Testes com vacina brasileira contra covid, da UFMG, começam no país

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Beatriz Albuquerque - Repórter da Rádio Nacional
25/11/2022 - 14:53
Brasília

Os estudos clínicos em seres humanos da primeira vacina contra a covid-19, desenvolvida com tecnologia e insumos totalmente nacionais, começaram nesta sexta-feira (25).

É a SpiN-Tec MCTI UFMG. Financiada por instituições brasileiras, ela foi desenvolvida no Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz do estado. Também foram investidos nos estudos, cerca de R$ 16 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação. 

Para Flávio Guimarães da Fonseca, que faz parte do Comitê Gestor do grupo de vacinas da universidade, o início desses testes é um divisor de águas para ciência brasileira e muda a forma de encarar novos desafios na área de saúde.

Já o ministro Paulo Alvin destacou que, além de proteção aos brasileiros, essa nova vacina traz emprego e renda para o país.

Até o início dos ensaios clínicos, a SpiN-Tec MCTI UFMG passou por várias fases, incluindo testes pré-clínicos, realizados em laboratório e em animais, que confirmaram a eficácia e a segurança do imunizante. Os resultados foram publicados na revista Nature em agosto deste ano.

Agora, os testes serão realizados em três fases. Após a conclusão das fases 1 e 2, são enviados relatórios para a Anvisa, além da solicitação de autorização para a terceira e última etapa dos testes, que reunirá de quatro a cinco mil voluntários de várias partes do Brasil.

O CTVacinas abriu cadastro,  no dia 17 de novembro, para quem deseja participar, como voluntário, das fases 1 e 2 dos testes clínicos da nova vacina. Em menos de dez dias, mais de mil pessoas se inscreveram para a triagem. A Anvisa já havia autorizado a realização dos testes clínicos em outubro e as pesquisas foram iniciadas em novembro de 2020.

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