O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta segunda-feira (06), no Rio de Janeiro, a Política Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas. O programa vai destinar R$ 600 milhões para apoiar estados e municípios na realização de procedimentos cirúrgicos, exames e consultas represados, principalmente por causa da Pandemia de covid-19.
De acordo com o presidente, a dificuldade de acesso a especialistas é um grande gargalo do sistema único de saúde, que piorou durante a pandemia. Por isso, o programa começou a ser debatido logo após as eleições e teve recursos viabilizados pela PEC da Transição.
O programa vai ofertar inicialmente R$ 200 milhões, já a parir deste mês, para incentivar a organização de mutirões em todo o país. Os outros 400 milhões serão repassados de acordo com a produção de cirurgias apresentada por cada estado ou cidade.
Entre abril e junho de 2023, o programa também começa a contemplar exames diagnósticos e consultas especializadas, com foco em tratamentos oncológicos. A ministra da saúde Nísia Trindade informou ainda que depois dessas etapas emergenciais, o governo federal pretende criar uma política contínua para viabilizar atendimento especializado via SUS.
A ministra e o presidente da república aproveitaram o evento para convocar as pessoas a participarem do movimento pela vacinação que começa este mês em todo o país. Lula lembrou que o novo bolsa família retoma algumas condicionantes para os beneficiários, incluindo a obrigação de manter em dia a carteira de vacinação das crianças.
O programa foi lançado durante a inauguração do Super Centro Carioca de Saúde, no bairro de Benfica, que vai realizar 36 mil consultas e procedimentos eletivos por mês, e pretende zerar a fila de espera para oftalmologia da cidade até o mês de julho.