Gestantes que recebem o Bolsa Família tiveram mais chances de sobreviver a complicações durante e após o parto. A conclusão é de um estudo realizado pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, da Fiocruz Bahia.
Para chegar a essa afirmação, pesquisadores analisaram dados de mais de 7 milhões de mulheres que deram à luz entre 2004 a 2015, cujas famílias tinham acesso ao programa.
A análise mostra que mulheres que passaram cerca de quatro anos recebendo o Bolsa Família tiveram taxa de proteção de 15% para morte materna. Essa redução era ainda maior para aquelas que recebiam o programa há mais tempo.
Para a pesquisadora Flávia Jôse Alves, responsável pelo estudo, os dados indicam a importância do programa social na saúde materno-infantil. Isso porque, segundo ela, o benefício atua, não só diminuindo a vulnerabilidade econômica, mas também permitindo que a gestante cuide da saúde, dela e do bebê.
O Bolsa Família é um programa de benefício condicionado e exige da gestante a realização de uma quantidade mínima de consultas pré-natal. Além disso, exige que as crianças inscritas tenham frequência escolar e sejam acompanhadas por serviços de saúde. Também é necessário que essas crianças sigam o calendário vacinal.