Diante do cenário de aumento de casos de dengue no estado do Rio de Janeiro, dez municípios foram selecionados para participar de um projeto-piloto com armadilhas que vai aprimorar o monitoramento da infestação pelo mosquito Aedes aegypti no ambiente. São as chamadas ovitrampas.
Mário Sérgio Ribeiro, superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, disse que o monitoramento do mosquito com ovitrampas é extremamente sensível, e simula o ambiente perfeito para a procriação do Aedes aegypti.
Essa metodologia funciona da seguinte forma: um vaso preto é preenchido com água e levedura de cerveja, que fica parada, atraindo as fêmeas dos mosquitos para a postura de ovos. Nesse vaso, é inserida uma palheta de madeira que facilita que a fêmea do Aedes coloque os ovos. Ela desova dentro da armadilha e os agentes de saúde realizam a coleta periódica desse vaso.
Mário Sérgio explicou que esta ferramenta é muito usada em pesquisas e agora está disponível para a rotina de combate ao aedes-aegypti.
Segundo o painel dengue, da Secretaria de estado de Saúde, de 1º de janeiro a 20 de março deste ano, foram registrados quase 6 mil casos de dengue em todo o estado. Nesse mesmo período do ano passado, foram 750.
Neste primeiro momento, os 10 municípios selecionados são: Macuco, Vassouras, Volta Redonda, Itaboraí, Nova Iguaçu, Itaguaí, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, Cabo Frio e Saquarema. A próxima etapa do projeto vai incluir outros 58 municípios