Grávidas com Síndrome Respiratória Aguda Grave têm quatro vezes mais chance de perder o bebê do que aquelas que não tiveram a doença. É o que mostra um estudo divulgado esta semana que mapeia a relação entre morte fetal e a Síndrome.
O estudo mostrou que o risco é de 8 a 21 vezes maior para as grávidas que foram para a UTI ou precisaram de respirar com ajuda de aparelhos. Ou até se o parto for normal. É o que explica a coordenadora do estudo, Rita Sauer, que é da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia e doutoranda no assunto.
O estudo analisou casos da Síndrome durante a pandemia. A pesquisadora explica que quase a totalidade deles, 98%, foi provocada pela covid. Para chegar a essa constatação, foi feito o cruzamento de dados entre o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos, o Sistema de Informação sobre Mortalidade e o Sistema de Vigilância Epidemiológica da Síndrome Aguda Respiratória Grave.
Segundo a pesquisadora Rita Sauer, o estudo é importante porque comprova o que grande parte dos profissionais de saúde já sabe: é preciso monitorar as grávidas, especialmente em quadro gripal, mesmo que seja mais simples.
O estudo foi feito pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, em parceria com a Fiocruz Bahia e uma instituição inglesa especializada em medicina tropical.