O câncer é hoje a terceira causa de óbitos no mundo e a principal causa de mortes em 606 municípios brasileiros. E o custo do tratamento da doença como quimioterapia, radioterapia e imunoterapia aumentou nos últimos quatro anos. 
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (13) durante o evento Big Data Oncologia – Quanto custa o Câncer. Um único procedimento que, em 2018, custava R$ 151 saltou para R$ 758 em 2022, segundo o Observatório de Oncologia.
Um dos motivos que pode justificar essa alta, além do impacto causado pela pandemia de covid-19 no sistema de saúde, é a falta de adequação dos gastos que são feitos pela pasta, como observa o coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, Fernando Maia.
Em 2022, apenas 3% dos recursos destinados à saúde foram gastos com o tratamento do câncer no SUS, Sistema Único de Saúde. O montante, aproximadamente R$ 4 bilhões, foi utilizado tanto em procedimentos ambulatoriais, quanto em internações e cirurgias - 14% a mais quando comparado ao ano de 2020, o primeiro da pandemia da covid-19.
Para melhorar o tratamento da doença, foi assinado nesta terça-feira um acordo de cooperação técnica entre o Inca e a Fiocruz para desenvolver um programa futuro de colaboração no combate ao câncer e subsidiar futuras parcerias entre as partes.
Dos mais de 100 tipos de câncer existentes, somente os cânceres de mama, próstata, pulmão, cólon e reto consumiram 54% de todos os recursos destinados a tratamentos oncológicos no SUS no ano passado.
O gasto total com tratamento em oncologia em 2022 ficou em quase R$ 4 bilhões no Brasil.
