Quase 1.800 municípios brasileiros tinham menos de um médico para cada mil habitantes no serviço público em 2021. A informação é do Instituto República.org, que mantém um painel baseado em dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde.
As 10 cidades com menores taxas estão nas regiões Norte e Nordeste. Enquanto as dez maiores taxas estão nas regiões Sul e Sudeste.
A falta de infraestrutura e a questão salarial são apontados como razões para dificuldade em reter médicos em cidades menores.
Para enfrentar isso, o diretor científico da Associação Médica Brasileira José Eduardo Dolci, propõe uma carreira de médico nacional que envolva municípios, estados e União.
O diretor de Políticas Públicas do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, Arthur Aguillar, diz que mesmo dentro de grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, existem diferenças entre regiões. Ele defende incentivos para os profissionais.
O Ministério da Saúde disse que a questão da carreira nacional de médico ainda precisa ser avaliada. Mas, em nota, informou que adotou ações urgentes para fortalecer a Atenção Primária, como a abertura de 5.900 vagas no Mais Médicos e um edital de coparticipação com os municípios com mais de 10 mil vagas.