Este ano, o Instituto Nacional de Câncer decidiu destacar a importância dos cuidados paliativos, na sua programação do Dia Nacional de Combate à doença.
O objetivo é desconstruir a ideia de que os cuidados paliativos representam a desistência do tratamento e a certeza da morte. A Organização Mundial de Saúde, inclusive, passou a recomendar a integração desses cuidados desde o diagnóstico de algum tipo de câncer.
Eles consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que tem como objetivo a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares. As medidas visam à prevenção e o alívio do sofrimento, por meio da identificação precoce e do tratamento da dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.
Durante debate na sede do Instituto, a jornalista especializada em cuidados paliativos, morte e luto, Juliana Kunc Dantas, lembrou que são muitas as camadas de dores de quem enfrenta uma doença e esses cuidados aliviam parte delas.
De acordo com o Inca, os cuidados paliativos são importantes para o acolhimento ao paciente e das famílias, mas também ajudam a reduzir gastos desnecessários no Sistema Único de Saúde, além de preparar o país para o acelerado processo de envelhecimento da população. O médico intensivista Rodrigo Kappel Castilho, representante da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, destacou que eles também são uma forma de tratamento.
O diretor geral do Inca, Roberto Gil, ressaltou o trabalho da unidade especializada em cuidados paliativos do Inca.
A adaptação dos espaços hospitalares também contribui para os cuidados paliativos. Entre melhorias recentes feitas no Hospital do Câncer do Rio de Janeiro, estão a reforma e revitalização da Sala do Silêncio, um refúgio de paz e tranquilidade para pacientes e acompanhantes, e a reestruturação da área externa do prédio, que agora oferece um espaço acolhedor para convivência, permitindo que pacientes internados recebam visitas em um ambiente agradável e humanizado.
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