Pandemia de covid-19 expôs desigualdades do Brasil
![Rovena Rosa/Agência Brasil São Paulo (SP), 02/05/2023 - Aplicação da vacina bivalente contra a covid-19 no posto móvel de vacinação da Unidade Básica de Saúde - UBS República na galeria subterrânea da praça do Patriarca. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
A covid-19 expôs as desigualdades socioeconômicas e de saúde no Brasil: poder aquisitivo, raça e localidade afetaram o atendimento.
A pandemia também mostrou a importância e as fragilidades do Sistema Único de Saúde, apontando a necessidade de mais investimentos na rede pública.
As conclusões são do artigo 'Mortalidade hospitalar por covid-19: o Brasil de 2020 a 2022', assinado por cinco pesquisadoras da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz.
De acordo com o estudo, as variações na mortalidade de pacientes internados pela doença estiveram associadas não somente à faixa etária e à gravidade do caso, mas também a desigualdades sociais, regionais e no acesso ao cuidado de boa qualidade.
Os resultados apontaram que mais de 70% das internações por covid-19 no Brasil foram cobertas pelo SUS, que atendeu grupos populacionais mais vulneráveis.
No entanto, o Sistema Único de Saúde apresentou pior mortalidade hospitalar. Em geral, os hospitais privados e filantrópicos não pertencentes ao SUS, em sua maioria reembolsados por planos privados de saúde acessíveis às classes mais privilegiadas, apresentaram melhores resultados.
A Região Sul do Brasil teve o melhor desempenho entre as macrorregiões, e a Norte, o pior desempenho. Indivíduos negros e indígenas residentes em municípios de menor IDH, que é o Índice de Desenvolvimento Humano, e internados fora de sua cidade de residência apresentaram maiores chances de morrer no hospital.
O estudo mostrou também que as taxas ajustadas de mortalidade hospitalar foram mais altas no pico da pandemia e foram reduzidas, de forma significativa, após a vacinação contra covid-19 atingir uma cobertura razoável, a partir de julho de 2021.
Além disso, apontou para maior mortalidade hospitalar por covid-19 entre pessoas pretas em todas as regiões do Brasil, e indígenas, nas regiões Norte e Centro-Oeste.
A pesquisa foi realizada com base em dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, do Sistema de Informações Hospitalares do SUS e do IBGE.
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