No Brasil, 64% dos jovens que vivem com HIV aprovam o acolhimento recebido nos serviços de saúde. E 35% classificam como razoável ou ruim.
É o que mostra a pesquisa “Nós somos a resposta: O que adolescentes e jovens que vivem com HIV/Aids pensam sobre o acesso aos serviços de saúde no Brasil”. A pesquisa foi realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, divulgada nesta sexta-feira (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Embora o Sistema de Saúde seja apontado, de forma geral, como acolhedor, Luciana Phebo, chefe de saúde do Unicef no Brasil, observa que o estudo também mostra que, mesmo depois de 40 anos da descoberta do HIV e dos avanços no tratamento, o estigma e o preconceito ainda estão presentes.
O tempo gasto para ir até o local de atendimento também é mostrado na pesquisa como uma barreira ao tratamento.
A chefe de saúde do Unicef Brasil destaca alguns pontos apresentados pelos jovens que participaram da pesquisa, como a importância do acompanhamento psicológico durante o tratamento e uma maior agilidade na marcação de consultas.
Em 2022, o Brasil registrou mais de 43 mil novos casos de infeções por HIV, segundo dados do Ministério da Saúde. Ao todo, estima-se que um milhão de pessoas no Brasil vivem com vírus.