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Saúde

Laudo da Ufal descarta que maré vermelha tenha intoxicado banhistas

Pesquisadores concluíram que é preciso continuar investigando a causa
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Gabriel Corrêa - repórter da Rádio Nacional
09/02/2024 - 13:13
São Luís

Um laudo técnico feito pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) nega que a intoxicação em banhistas no litoral norte do Estado, no início do mês, tenha sido provocada pelo fenômeno "maré vermelha".

Pelo menos 190 banhistas apresentaram sintomas de intoxicação após mergulharem nas proximidades de um resort, no município de Barra de Santo Antônio.

A maré vermelha acontece naturalmente em ambientes de água doce e marinho, por causa do aumento de microalgas, que formam uma coloração que varia entre o avermelhado, alaranjado ou amarelado.

Ela é causada por uma coincidência de fatores, como salinidade, temperatura e aumento de nutrientes; e pode até ser induzida, no caso do lançamento de esgoto não tratado nas águas do mar.

Foram coletadas, na praia de Carro Quebrado, quatro amostras de material de 1 litro cada, preservadas em álcool 70% e encaminhadas para a universidade.

De acordo com o professor Manoel Messias Costa, biólogo e especialista em fitoplâncton, foram identificados organismos que liberam toxinas relacionadas à maré vermelha; mas em quantidade muito pequena.

A Ufal concluiu que é necessário continuar investigando as causas da intoxicação. O laudo também aponta que, apesar do fenômeno ter sido relatado por várias pessoas, com sintomas semelhantes aos da maré vermelha, não foram observadas manchas avermelhadas pela equipe do Instituto do Meio Ambiente (IMA/AL), nem da Universidade Federal de Alagoas.

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