![Fernando Frazão/Agência Brasil RETROSPECTIVA_2023 - Agentes do SUS prestam socorro aos Yanomamis. - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
Grande parte da população de nove aldeias Yanomami, localizadas no Estado de Roraima, estão contaminadas por mercúrio consequente da atividade de garimpo ilegal de ouro. Esse é um dos resultados de uma pesquisa da Fiocruz divulgada nesta quinta-feira (4). Os dados foram obtidos através de 287 amostras de cabelos dos indígenas, que foram colhidas em outubro de 2022.
Nas aldeias da região do Alto Rio Mucajaí, 84% das amostras apresentaram níveis acima de 2 microgramas de mercúrio por grama de cabelo. Uma quantidade que obriga a notificação, para tomada de medidas pelo Sistema Único de Saúde.
E em 10% das análises, esse nível foi o triplo, ou seja, mais de 6 microgramas de concentração. Essa população é a que vive, justamente, nas aldeias mais próximas aos garimpos ilegais, e precisa de cuidados especiais de saúde.
De acordo com a pesquisadora Ana Paula Vasconcelos, os povos Yanomami estão vulneráveis de duas maneiras: por viver perto aos locais de garimpo e por consumir peixes contaminados.
E o risco é ainda maior entre as gestantes. A contaminação também pode provocar aborto. Além disso, os pesquisadores realizaram um teste de coeficiente de inteligência entre as crianças que tiveram valores 30% abaixo da média esperada.
Já adultos submetidos à exposição crônica podem ter alterações na sensibilidade das mãos e dos pés, na audição, no paladar. Também há risco de alterações cognitivas, como perda de memória e dificuldade de raciocínio, semelhante ao Alzheimer.
Os pesquisadores fizeram uma série de recomendações emergenciais, como a imediata interrupção do garimpo, expulsão dos invasores e a construção de unidades de saúde na terra indígena. Além disso, o estudo também indicou a necessidade de rastrear as comunidades afetadas, realizar diagnósticos laboratoriais, elaborar protocolos de tratamento e criar um centro de referência para acompanhar casos crônicos.
De acordo com a Fiocruz, mesmo que nunca mais seja despejado mercúrio no território, o que já está lá pode permanecer ainda por até 120 anos.
*Com reportagem de Gabriel Correa
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