As crianças brasileiras estão mais obesas e altas, de acordo com um estudo da Fiocruz Bahia, em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais e a University College London, considerada uma das melhores instituições de ensino do mundo.
A pesquisa apontou que, entre 2001 e 2014, a prevalência de peso entre os grupos analisados subiu cerca de 3%, e a altura aumentou 1 centímetro.
De acordo com a pesquisadora da Fiocruz Bahia, Carolina Vieira, a obesidade infantil é preocupante.
A pesquisadora também aponta que esse impacto será mais relevante no grupo de crianças vivendo em situação de pobreza, onde a prevalência de obesidade tem sido ainda maior. E ressalta que o grande vilão é o alimento ultraprocessado, associado ao sedentarismo.
A pesquisa baseou-se na observação de 5 milhões de crianças brasileiras. Segundo os pesquisadores, tais resultados indicam que o Brasil, assim como outros países, está longe de atingir a meta da Organização Mundial da Saúde de deter o avanço da obesidade até 2030.
Para frear esse crescimento, algumas cidades já implementam medidas em escolas públicas. No Rio de Janeiro, por exemplo, desde julho de 2023 vigora a lei municipal que proíbe bebidas e alimentos ultraprocessados nas cozinhas e cantinas de unidades de ensino públicas e privadas, de ensino infantil e fundamental.
Outras cidades também já têm iniciativas parecidas, como Niterói, na região metropolitana do Rio; Porto Alegre (RS) e Faxinal (PR).