Nesta sexta-feira (17), R$ 66 milhões foram liberados para custear a saúde nos municípios gaúchos atingidos pelas chuvas e enchentes.
Os recursos vão permitir, entre outras ações, a abertura de 890 vagas de leitos hospitalares no Rio Grande do Sul.
As medidas foram anunciadas nesta sexta-feira pelo governo federal.
O secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, disse que entre os leitos que serão abertos estão os de UTIs pediátricas e clínicas.
"Essas vagas, elas vão permitir abertura de 105 leitos clínicos e 10 leitos de UTI pediátrica, que vão ser extremamente importantes, não só para a cidade de Porto Alegre, mas para todo o estado, que foi bastante afetado".
Massuda detalhou parte dos recursos liberados pelo Ministério da Saúde.
"R$ 30 milhões para o custeio de ações e serviços de média e alta complexidade no estado. Isso vai atender os municípios de Parobé, Estrela, Caxias do Sul, Rio Grande, Santana do Livramento, Igrejinha, Velanço Aires, Torres, além da capital aqui, Porto Alegre"
O ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, disse que outros R$ 36 milhões vão atender hospitais e a alteração do piso da Vigilância Sanitária no estado.
Vacinação nos municípios gaúchos
Já sobre as doenças, segundo o secretário Massuda, os casos de dengue estão controlados porque tempo frio não favorece a proliferação do mosquito.
E as relacionadas às enchentes, como as doenças de pele, diarreias e leptospirose não apresentam um aumento extraordinário. Mas, é preciso vacinar.
"A gente tem recomendado priorizar as seguintes vacinas: influenza, covid, tétano, hepatite A, raiva."
Massuda disse que agora a preocupação maior é com as doenças respiratórias que aumentam nessa época do ano. Por isso, reforçou a importância da vacinação contra covid e gripe.
E destacou o apoio do governo federal na reconstrução das unidades de saúde.
"A gente sabe que grande parte das unidades foram avariadas, afetadas, então a gente está dando apoio para a reconstrução dessas unidades para que a atenção básica possa funcionar. Apoio também às equipes que têm trabalhado nos abrigos, levar as ações de atenção primária, ações de prevenção, tratamento para os abrigos também são ações que o Ministério da Saúde tem recomendado e feito junto com os gestores municipais e o gestor estadual do Rio Grande do Sul".
Segundo o secretário, dois hospitais de campanha estão em funcionamento em Canoas e Porto Alegre. E mais dois devem entrar em funcionamento em São Leopoldo e Novo Hamburgo.