Uma equipe da Força Nacional do Sistema Único de Saúde foi escolhida para investigar e tratar doenças como gripe, síndrome respiratória aguda grave e diarreia, que estão afetando duas comunidades indígenas no município de Assis Brasil, no Acre, tríplice fronteira com Peru e Bolívia. O auxílio foi pedido pela Secretaria Estadual de Saúde na semana passada.
A partir desta segunda-feira (1), uma equipe com médicos, enfermeiros e técnicos estarão na região. Além de atendimentos, será feito um diagnóstico da situação no local, onde houve aumento expressivo das doenças que têm matado crianças. As secretarias de Saúde Indígena e a Vigilância em Saúde e Ambiente também monitoram os casos.
Distribuídos em 32 aldeias, mais de dois mil indígenas de duas etnias, Jaminawa e Manchineri, correspondem a quase um terço da população total do município de Assis Brasil.
De acordo com o coordenador da Força Nacional do SUS, além de mapear a situação, a equipe está equipada para remover pacientes, com apoio do Samu, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, do Acre. A Secretaria Estadual de Saúde aponta que crianças de até 5 anos e idosos estão sendo desproporcionalmente afetados pelas doenças.
Na semana passada, um recém-nascido, com apenas seis dias de vida, teve que ser transferido da aldeia Extrema, na terra indígena Mamoadate, para o hospital mais próximo, na cidade de Brasileia. A criança estava com insuficiência respiratória e precisou ser entubada. Em seguida, o bebê foi transportado para uma maternidade de Rio Branco, junto com a mãe.