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Saúde

Mortes por diabetes são 20 vezes maiores na periferia de SP

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Leandro Martins, repórter da Rádio Nacional
08/08/2024 - 16:07
São Paulo
Brasília - Endocrinologista aconselha teste de glicemia para quem tem histórico da doença na família, pelo menos uma vez por ano, em jejum  (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O número de mortes de mulheres por diabetes é 20 vezes maior em bairros da periferia de São Paulo, na comparação com bairros nobres da capital paulista. É o que aponta uma pesquisa feita pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Insper em parceria com a associação Umane, a partir de dados públicos da cidade, entre 2010 e 2019.

Partindo do índice médio de mortalidade por diabetes, com valor 1, foi feita a comparação entre os bairros paulistanos. Enquanto em Moema, bairro nobre da zona sul, tem o menor índice, de 0,11; na outra ponta, o Jardim Helena, na zona leste, apresenta a pior taxa, de quase 2,5 - número 20 vezes maior. Entre os homens, a diferença é menor, mas segue a mesma tendência.

A discrepância não é só com o diabetes. No caso dos problemas cardíacos, o bairro periférico do Grajaú apresentou taxa de mortalidade 4 vezes acima da média da cidade, entre homens de 30 a 39 anos.

Já para doenças cerebrovasculares, como AVC, o destaque negativo entre mulheres ficou com o Brás, na zona central; e o positivo, com o Jardim Paulista. Entre os homens, o AVC mata 4 vezes mais em Perus, distrito do noroeste paulistano, do que em Moema.

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