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Saúde

Nísia destaca o papel de prefeitos e prefeitas no combate à dengue

Ministério da Saúde promove neste sábado,14, dia D contra a dengue
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Sayonara Moreno - repórter da Rádio Nacional
12/12/2024 - 15:34
Brasília
Fumacê - Carro pulveriza inseticida. Produto é eficaz contra o mosquito que transmite dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília
© Lúcio Bernardo Jr/ Agência Bra

Em meio ao surto de dengue nas Américas, e do alto número de mortes pela doença, principalmente no Brasil, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, citou o papel da população no combate ao mosquito transmissor e destacou o papel de prefeitos e prefeitas nesse combate.  

“Um ator muito importante são os prefeitos e prefeitas do Brasil. Porque o acúmulo de lixo urbano, focos de água, em que o mosquito possa se proliferar, está ligado à gestão das cidades. É fundamental a conscientização de cada cidadão e cada cidadã no sentido de evitar esses focos dos mosquitos. Estão em 75% nas nossas casas ou no entorno delas”.  

A declaração foi nesta quinta-feira (12), durante o programa Bom dia Ministra, do canal GOV. Em 2024, somente no Brasil, mais de 5,9 mil pessoas morreram por complicações da Dengue. E metade dos casos registrados no continente americano também estão no Brasil.

Segundo Nísia Trindade, o alto número de registros é, também, uma realidade de outros países, agravada pelo aquecimento global. Para ela, isso vai demandar um plano global na conscientização, no combate e na prevenção das arboviroses.

“A dengue, hoje, é um problema de saúde global. Inclusive, em áreas subtropicais, como é o caso, no Brasil, do Rio Grande do Sul, do sul do nosso país. O aquecimento global é o responsável por essa grande transmissão. Vamos ter mais países lidando com esse problema e, portanto, devemos ter um plano global pra enfrentamento da dengue, da zika, chikungunya, outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”.

Na última terça-feira, a Organização Mundial da Saúde, por meio da OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde, anunciou que o continente americano enfrentou, neste ano, “a maior epidemia dengue”, desde 1980. Foram mais de 12 milhões de casos nas Américas do Norte, Central e do Sul: três vezes mais que o ano passado.  

A OPAS também atribui o alto número de casos aos eventos climáticos, à urbanização não planejada, ao acúmulo de água e à má gestão de resíduos. Além das ações de prevenção, a entidade defendeu o acesso à vacina, que já existe no Brasil, Argentina e Peru; o que não deve impedir a propagação do vírus, mas pode evitar o agravamento dos sintomas.  

No Brasil, o Ministério da Saúde vai promover o Dia D de mobilização contra a dengue neste sábado, dia 14. 

 

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