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Segurança

Preso na manhã de hoje em SP, Queiroz é transferido para o Rio de Janeiro

Preso hoje em SP
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Lígia Souto
18/06/2020 - 15:46
Rio de Janeiro

O ex-assessor Fabrício Queiroz chegou ao Rio no início da tarde desta quinta-feira, a bordo de helicóptero da Polícia Civil. Ainda no aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste carioca, ele recebeu voz de prisão.


Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, na época em que o atual senador era deputado estadual, foi preso horas antes em Atibaia, no interior de São Paulo. Depois de passar pelo IML para exame novo de corpo delito, como é de praxe, ele segue para o presídio de Benfica, na zona norte, onde será interrogado.


A ação que resultou na prisão de Queiroz foi feita em conjunto pelos Ministérios Públicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, com apoio da Polícia Civil paulista.


O ex-assessor foi localizado em um imóvel de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. O promotor do MP de São Paulo, Jandir Moura Torres Neto, que acompanhou a ação, disse que não houve intercorrência ou resistência à prisão.


A operação, batizada de Anjo, cumpriu também mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, relacionadas ao inquérito que investiga a chamada "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando ele exercia mandato na Alerj.


O esquema, investigado pelo Ministério Público fluminense, identificou que funcionários do gabinete de Flávio devolviam parte dos salários ao deputado, que tinha como braço direito Fabrício Queiroz.


Um relatório do Coaf, Conselho de Controle de Atividades Financeiras, apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em nome do ex-assessor, que é policial militar aposentado. A partir daí o esquema passou a ser investigado pelo Ministério Público.


As medidas, expedidas pela Justiça do Rio contra os suspeitos de participação no esquema, incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, comparecimento mensal ao juízo, além da proibição de contato com testemunhas.


Flavio Bolsonaro, em postagem no Twitter, disse que encara a prisão do ex-assessor com tranquilidade e que acredita que a verdade vai prevalecer. O senador afirmou, ainda, que a operação é mais uma tentativa de atacar o presidente Bolsonaro.


Em nota, o Tribunal de Justiça confirmou que as informações relativas às medidas cautelares solicitadas pelo Ministério Público foram autorizadas em um processo mantido sob sigilo, que corre na 27ª Vara Criminal.

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