Polícia Civil do Rio faz reconstituição da morte do menino João Pedro
A Polícia Civil realizou nesta quinta-feira (29) a reprodução simulada do caso do menino João Pedro, morto em maio durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. A princípio, a reconstituição estava marcada para julho, mas foi adiada a pedido do Ministério Público estadual.
Todos os policiais e testemunhas foram convocados para participar do trabalho, que reuniu peritos e investigadores, além de promotores do Ministério Público e integrantes do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria.
Familiares do adolescente também acompanharam a reconstituição. Entre eles, o pai de João Pedro, Neilton Mattos, que cobrou justiça pela morte prematura do filho, aos 14 anos de idade.
A investigação em andamento pretende esclarecer todas as circunstâncias da morte de João Pedro e apurar a conduta dos agentes que participaram da operação conjunta das Polícias Civil e Federal, cujo objetivo era cumprir dois mandados de busca e apreensão contra lideranças de uma facção criminosa em São Gonçalo.
O coordenador de Direitos Humanos da Defensoria Pública, Fábio Amado, reforçou a necessidade de atuação conjunta para se chegar a verdade dos fatos e dar uma reposta à família.
João Pedro foi morto dentro de casa. Após atingido por um disparo, ele foi levado por policiais de carro, com o auxílio de um primo, e depois transportado de helicóptero. A família só conseguiu localizá-lo horas depois, já no IML.