Operação Resgate liberta 110 pessoas vítimas de trabalho escravo
A data de hoje, 28 de janeiro, é lembrada como o Dia de Combate ao Trabalho Escravo e faz referência à chacina de Unaí ocorrida em 2004 em Minas Gerais, quando quatro trabalhadores do Ministério do Trabalho foram assassinados.
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (28), a Polícia Federal, junto com o Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União e Secretaria do Trabalho, apresentaram os resultados da Operação Resgate, de combate ao trabalho análogo à escravidão. Iniciada na semana passada, as operações ocorreram em 23 unidades da Federação. Foram realizadas 74 ações de liberação de trabalhadores e resgatadas 110 pessoas, entre elas 2 adolescentes. As verbas rescisórias a que esses trabalhadores teriam direito somam quase R$ 500 mil, segundo estimativas dos investigadores.
O subsecretário de inspeção do Trabalho, Rômulo Machado, falou que atualmente os fiscais não têm encontrado um único local com trabalhadores escravizados a exemplo do que ocorria no final dos anos 90, mas que atualmente são verificadas muitas condições degradantes durante as fiscalizações.
Os fiscais do trabalho também notaram nos últimos anos um aumento de casos de trabalho doméstico similar à escravidão. Na operação realizada esta semana, duas domésticas foram resgatadas no Rio de Janeiro, uma delas estava em trabalho forçado há mais de 41 anos.
Em 2020, foram realizadas 266 ações específicas de trabalho escravo com resgate de 942 trabalhadores. Quem tiver suspeitas de ocorrência de trabalho análogo à escravidão pode denunciar pelo site mpt.mp.br.
