A pedido do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o IBGE incluiu perguntas sobre furtos e roubos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua). Além disso, serão feitas perguntas sobre a sensação de segurança das famílias, incluindo o grau de confiança da população nas polícias.
A coordenadora-geral de Pesquisa Aplicada do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Márcia Alencar Machado da Silva, informou que a última pesquisa com o tema foi realizada há dez anos e, por isso, é preciso atualizar os dados.
O ministério argumenta que a pesquisa vai revelar a diferença entre os crimes que chegam à polícia e os que não são relatados pela população. Afinal, é comum ocorrências de crimes menores não registrados - como o do furto de uma bicicleta e um tênis na casa da fisioterapeuta Claudiane Sperber, que mora no município de Lajinha, em Minas Gerais.
Especialistas em segurança pública apelam para que a população registre todos os casos, porque assim é possível ter uma noção mais exata do comportamento da criminalidade nas diferentes localidades.
A pesquisa Pnad Contínua vai traçar ainda um perfil das vítimas de furtos e roubos nos últimos 12 meses, com corte socioeconômico, além de identificar o que as pessoas têm feito para se proteger da violência.
O levantamento do IBGE conta com dois mil agentes de coleta, que realizam entrevistas em 210 mil residências em todo país.