O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do estado de São Paulo reforçaram a fiscalização e o combate à soltura de balões, que aumenta muito no período junino, quando o tempo seco com céu aberto e pouco vento cria as condições ideais para essa prática ilegal.
Desde maio começou a campanha Operação SP Sem Fogo, que começou em maio e vai se estender até o final de setembro. O coordenador estadual de Prevenção e Defesa Civil, coronel Henguel, pede a cooperação da sociedade para evitar a soltura de balões.
A soltura de balões é crime, com pena prevista de um a três anos de detenção e multa a partir de R$ 10 mil. O código penal brasileiro também prevê reclusão de dois a cinco anos pelo perigo criado ao transporte aéreo.
De janeiro a maio deste ano, o Cenipa, Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, registrou mais de 430 ocorrências envolvendo balões em áreas próximas de aeroportos – o maior número desde 2012. Os incidentes são muitos, a cada dez , quatro acontecem no estado de São Paulo, a maior parte na região metropolitana.
Soltar balões também é considerado crime ambiental, pelo risco de incêndios, como o que consumiu cerca de 80% da área do Parque Estadual do Juquery, na Grande São Paulo, em 2021.
A Polícia Militar tem agido para desarticular grupos de baloeiros em redes sociais. Em 2022, apreendeu 129 balões prontos para ser lançados, o dobro em relação a 2021. Uma fábrica clandestina em Guararema, na grande São Paulo, teve as portas fechadas. Lá foi encontrado material para a montagem de, pelo menos, 50 balões, além de outros 13 prontos para soltura. Tudo foi apreendido.