Foram afastados os sete policiais acusados de cobrar taxas de proteção a comerciantes e condomínios do centro de São Paulo. Os agentes fazem parte da IOPE – Inspetoria de Operações Especiais - considerada a tropa de elite da Guarda Civil Metropolitana.
Funcionava assim: os agentes prometiam uma suposta proteção, nos moldes de segurança privada, aos comerciantes da região central da capital, que se queixam das dificuldades em manter os negócios, devido ao fluxo de pessoas ligadas à Cracolândia. Segundo os lojistas, os clientes estão sumindo com medo de abordagens, furto ou mesmo roubo com violência.
Pessoas que trabalham e moradores do centro têm relatado insegurança em andar no centro da capital paulista. Por isso, o grupo de extorsão também abordava condomínios residenciais do local, para garantir, em troca de pagamento, a saída de usuários de drogas da região. Segundo a acusação dos comerciantes, o suposto líder do grupo abriu até uma empresa, em julho do ano passado, com uma tabela de preços dos serviços, como proteção ativa, monitoramento, rondas e outros.
O representante da Associação Geral do Centro de São Paulo, Clebson Souza, relata que esse tipo de cobrança já acontece há um ano. E faz outra revelação: há denúncias de que outras forças policiais estariam envolvidas.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, comentou o caso.
Agora, os agentes acusados estão à disposição da Corregedoria da Guarda Metropolitana. O caso vai ser investigado pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público, do Ministério Público paulista.