A Polícia Civil de Minas Gerais investiga o extravio de duas fontes radioativas de césio-137 que desapareceram de uma unidade da mineradora AMG Brasil, no município de Nazareno, a cerca de 200 quilômetros de Belo Horizonte.
A AMG Brasil informou que as duas fontes, seladas, são usadas em equipamentos medidores de densidade de polpa. O desaparecimento, ocorrido no dia 29 de junho, foi informado à Comissão Nacional de Energia Nuclear, autarquia vinculada ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação.
Em comunicado, a mineradora informa que, de acordo com as normas federais, as fontes extraviadas de césio -137 são classificadas como 'categoria 5, baixo risco'. E que possuem uma atividade 275 mil vezes menor que a de alguns aparelhos de radioterapia.
A atividade das fontes desaparecidas é muito pequena em relação à do césio-137 que resultou no acidente radioativo mais grave do país, em 1987. No entanto, a AMG ressalta que o manuseio inadequado por pessoas não autorizadas pode gerar risco à saúde.
No entanto, a AMG ressalta que o manuseio inadequado por pessoas não autorizadas pode gerar risco à saúde.
Em Goiânia, no final dos anos 1980, o contato com o material radioativo provocou a morte de quatro pessoas. Mais de 112 mil moradores foram monitorados durante o acidente.
Técnicos do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear, unidade ligada à Comissão Nacional de Energia Nuclear em Minas Gerais, estão inspecionando o local para apurar o ocorrido e avaliar as medidas de radioproteção adotadas pela mineradora. A AMG Brasil tem licença regular e autorização para operação.