O Governo Federal autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública na Terra Indígena Ituna-Itatá, no Pará. O objetivo é apoiar a Funai em ações indispensáveis à preservação da ordem pública e da integridade das pessoas e do patrimônio.
A Terra Indígena Ituna-Itatá é objeto de uma Ação Civil Pública que determinou à União a retirada de não indígenas do local. Isso porque grileiros e invasores desmatam áreas protegidas e criam gado na região, o que é crime e faz avançar a degradação ambiental.
Segundo o Governo do Pará, o rebanho também não tem situação sanitária regular; ou seja, está sem registro no sistema da Agência de Defesa Agropecuária do Estado.
Além disso, essas atividades ilegais dificultam estudos sobre indígenas isolados por causa das ameaças contra agentes da Funai, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas, além de outras pessoas. No último dia 14, por exemplo, o Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, começou a retirada de duas mil cabeças de gado da terra indígena.
Durante a operação, invasores danificaram pontes, colocaram fogo no pasto e ameaçaram a equipe e a população local.
Agora, a Força Nacional de Segurança Pública vai atuar por 90 dias junto com a Funai para garantir a ordem pública e a integridade das pessoas e do patrimônio.
A Terra Indígena Ituna/Itatá fica no vale do médio rio Xingu, no município paraense de Senador José Porfírio e tem 142 mil hectares ou cerca de 142 mil campos de futebol.