A Polícia Federal realizou uma ofensiva contra esquemas de contrabando e venda de ouro extraído de garimpos ilegais e de terras indígenas. Foram três operações realizadas nesta quarta-feira (20). Os valores dos esquemas criminosos atingem cifras bilionárias.
A 4ª Vara Federal de Boa Vista, Roraima, autorizou a prisão de dois suspeitos de liderar uma organização que teria movimentado quase R$ 6 bilhões, envolvendo o contrabando de ouro vindo da Venezuela e que teria entrado no Brasil como pagamento pela exportação de alimentos de mercados de Roraima e do Amazonas.
De acordo com a PF, os investigados também exploravam ouro extraído de Terras Indígenas Yanomami, além de garimpos em outros estados. A Justiça bloqueou as contas, veículos e aeronaves dos investigados.
Em outra operação, realizada nesta quarta junto com a Receita Federal, foram cumpridos dois mandados de prisão e 16 de busca em seis estados. O ouro também tinha origem em terras indígenas.
Segundo a PF, a fraude era realizada através de um austríaco que se naturalizou brasileiro e afirma ter mais de mais de R$ 20 bilhões em barras de ouro. A identidade do austríaco não foi confirmada. A Justiça também autorizou o bloqueio de R$ 5,7 bilhões em bens dos suspeitos.
Outro mandado de prisão, expedido pela Justiça Federal do Tocantins, foi cumprido contra outro esquema semelhante, que também exportava o minério extraído de áreas proibidas.