Uma mulher vítima de violência doméstica foi salva, em São Paulo, na última sexta-feira, depois que a tornozeleira apontou a proximidade de agressor. Ela foi beneficiada pelo monitoramento em tempo real da Polícia Militar.
Aconteceu assim: na última quarta-feira, o agressor, um homem de 53 anos, foi até a casa da mulher e a agrediu física e verbalmente, e ainda a ameaçou de morte. A Polícia Militar foi acionada e prendeu o autor em flagrante. Na quinta, ele passou por audiência de custódia e a Justiça condicionou a liberdade dele ao uso da tornozeleira eletrônica, orientando que ele não chegasse perto da casa da vítima.
Mas, na noite do mesmo dia, ele descumpriu a medida, e se aproximou da casa da mulher. A polícia comunicou o Tribunal de Justiça, que então determinou a prisão dele, em flagrante.
O secretário de Segurança Púbica Guilherme Derrite relatou que este foi o primeiro caso em que um homem monitorado por violência doméstica foi preso novamente por descumprir a medida protetiva.
Essa medida protetiva judicial já existia, mas não havia monitoramento. E assim, segundo a polícia, havia alto índice de reincidência, e vítimas que possuíam a protetiva voltavam a ser agredidas.
O projeto de monitoramento com tornozeleira eletrônica de criminosos soltos em audiências de custódia é resultado de um termo de cooperação entre a Secretaria da Segurança Pública e o Tribunal de Justiça paulista. Inicialmente, estão disponíveis 200 tornozeleiras, e o número de equipamentos deve ser expandido gradualmente.