Logo na chegada à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, o ministro da Justiça, Flávio Dino, foi claro e descartou uma intervenção federal no Rio. Disse que o que está em discussão, neste momento, é a intensificação das ações no estado junto com uma coordenação federativa.
Já dentro da comissão,como sempre ocorre quando o ministro comparece ao Congresso, bate boca e tensão entre os parlamentares. Corte de microfones, gente falando ao mesmo tempo e muitas, muitas interrupções.
O ministro foi chamado para falar sobre vários assuntos ligados à segurança. Entre eles, claro, o 8 de janeiro. Mais especificamente sobre as imagens das câmeras de segurança do ministério no dia dos ataques. E, novamente, ele explicou que com exceção das imagens que foram recolhidas pela Polícia Federal para o inquérito e aquelas que a PF considerou descartáveis porque não mostravam nada, todas as outras foram entregues à CPI Mista dos Atos Golpistas.
Outro momento de longo bate boca foi quando dos questionamentos sobre a ida do ministro ao complexo da maré em março. Voltou a negar qualquer ligação com o tráfico. Que foi lá para cuidar de questões de segurança. E afirmou que, na prática, o que estava havendo era um preconceito violento contra os moradores da região.
O fato é que o ministro Flávio Dino esteve na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle depois de ter faltado a duas outras audiências na Comissão de Segurança. Uma delas, marcada essa terça. Ele disse que não foi porque houve uma avaliação de que haveria risco à integridade moral e física dele, o que não ocorreria na audiência desta quarta.
