Em operação conjunta, militares do Exército e agentes da Polícia Militar cumpriram hoje mandados de busca e apreensão em residências em Guarulhos, na Grande São Paulo. O objetivo da ação foi recuperar as quatro metralhadoras ainda desaparecidas, do lote de 21 armas furtadas em setembro, do Arsenal de Guerra de Barueri, também na região metropolitana.
A operação aconteceu entre as 6h e às 9h desta terça (31), em casas consideradas suspeitas, no Jardim Vila Galvão. No entanto, não foram localizadas armas nem realizadas prisões.
Em nota, o Exército informou que vai permanecer no esforço de recuperar, o mais rapidamente possível, as armas retiradas ilegalmente. Apesar de ser considerado obsoleto e sem serventia pela corporação, o armamento roubado tem calibre para derrubar aeronaves.
Um dos suspeitos de participação direta no furto, o cabo do Exército Vagner Tandu, de 24 anos, voltou ao trabalho nessa segunda-feira. O Comando Militar do Sudeste tinha pedido a prisão preventiva dele, na última quinta-feira. Ele faltou ao trabalho naquele dia, e se reapresentou ao quartel na sexta-feira, com um laudo psiquiátrico e um pedido de licença do serviço. O pedido foi negado pela perícia médica militar. Mas, como se apresentou nessa segunda-feira e trabalhou normalmente no quartel, não é considerado foragido.
Tandu é suspeito de ter usado um carro oficial para retirar o armamento de guerra do Arsenal sem levantar suspeitas. Isso porque ele trabalhava como motorista do então diretor do arsenal, tenente-coronel Rivelino Batista. O cabo também é investigado pela participação do corte de energia do Arsenal, com a ajuda de outros cinco militares, o que impediu que as câmeras de segurança registrassem a saída das armas.