Enquanto a Rodoviária do Rio retoma a rotina nesta quarta-feira (13), com milhares de passageiros chegando e saindo da cidade, a administração do terminal, um dos maiores do país, reitera a necessidade de um sistema de monitoramento eletrônico nas plataformas de embarque.
A falta deste sistema foi uma das questões levantadas durante os momentos de tensão vividos na tarde de terça-feira, quando um homem armado sequestrou um ônibus que partiria para Juiz de Fora (MG). Além de fazer disparos que feriram gravemente um passageiro, ele manteve os outras 16 pessoas reféns por mais de quatro horas.
O criminoso, Paulo Sérgio de Lima, de 29 anos, se entregou às forças de segurança, ao longo do processo de negociação com a tropa de elite da Polícia Militar, e todos foram libertados ilesos.
A assessora de imprensa da concessionária que administra a rodoviária do Rio, Beatriz Lima, lembrou que os portais de detecção de metais, nas plataformas de embarque, foram retirados após a PM deixar de fazer o monitoramento dos passageiros, alegando falta de contingente.
Atualmente a Rodoviária do Rio é monitorada por mais de 50 câmeras de segurança, além da vigilância patrimonial.
A Polícia Militar informou que a corporação mantem no terminal uma base do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas, mas lembrou que trata-se de uma área particular, gerida por um grupo privado.
Além disso, o 5°Batalhão, que fica na Praça da Harmonia, na área central da cidade, realiza patrulhamento por meio de viaturas e moto na região externa que dá acesso ao terminal.
Ainda segundo a PM está em andamento um acordo com os gestores da rodoviária para que o terminal faça parte do programa “190 Integrado”. Com isso, a corporação acessa às imagens internas do terminal, com possibilidade de implantar o sistema de reconhecimento facial, possibilitando o acionamento das equipes de maneira mais técnica e precisa, em caso de necessidade.
