PF flagra trabalho escravo em minas subterrâneas de ouro no Amazonas
Uma operação da Polícia Federal (PF) realizada na cidade de Maués, no Amazonas, resgatou trabalhadores submetidos a condições análogas ao trabalho escravo em minas subterrâneas de alto risco na exploração de ouro.
Eles enfrentavam jornadas exaustivas, sem acesso a direitos básicos e estavam expostos aos riscos decorrentes do uso de substâncias químicas tóxicas, como o cianeto.
O garimpo já causou mais de R$1 bilhão em desmatamento, contaminação de lençóis freáticos e degradação de áreas de preservação.
A operação denominada Mineração Obscura 2 começou na sexta-feira e foi encerrada nesta segunda-feira (3). A PF divulgou a operação, mas não informou o número de trabalhadores resgatados e nem o número de minas que tiveram a exploração de ouro interrompida.
A ação é um desdobramento da Operação Déjà Vu, que já havia identificado as práticas semelhantes na região. Segundo os policiais, o garimpo onde ocorreu a ação é um dos mais antigos do Brasil.
Além da PF, outros órgãos também participaram da ação, como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).