Sorocaba investiga duas suspeitas de febre amarela
A Secretaria da Saúde de Sorocaba, no interior de São Paulo, investiga duas suspeitas de febre amarela. De acordo com a prefeitura, um homem de 52 anos e uma mulher de 45 anos estão internados com sintomas compatíveis com a doença, que abrangem febre súbita, calafrios, dores no corpo, fadiga e náuseas, entre outros.
Em nota encaminhada à Agência Brasil, a pasta informou que a Vigilância Epidemiológica acompanha ambos os casos, a fim de descartar ou confirmar o diagnóstico apontado, por meio de exames.
A febre amarela tem dois ciclos epidemiológicos, o silvestre e o urbano. Nas duas circunstâncias, quem transmite o vírus ao ser humano são mosquitos. Na América Latina, as espécies presentes no primeiro ambiente são o Haemagogus e o Sabethes. Já na zona urbana, o vetor é o Aedes aegypti.
A prefeitura de Sorocaba comunicou ter destacado equipes da Divisão de Zoonoses para realizar vistorias residenciais, com o objetivo de refrear a proliferação de Aedes aegypti, por meio da eliminação de criadouros.
A prefeitura alerta que a imunização é a melhor forma de se prevenir contra a doença. A vacina está disponível nas 32 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que compõem a rede de atendimento.
Notificações
Há um mês, a Secretaria de Saúde de Sorocaba recebeu 15 notificações da doença no município, mas apenas um caso foi confirmado e classificado como importado. O paciente havia sido infectado no município paulista de Cajati, a cerca de 200 quilômetros de Sorocaba. Em informe, a pasta destacou que, na época, 12 casos foram descartados e outros dois estavam sendo averiguados.
Em boletim epidemiológico, que complementa as informações da prefeitura, a Secretaria de Saúde do estado de São Paulo informa que, de janeiro a novembro de 2019, confirmou 67 casos autóctones na região, dos quais 13 resultaram em óbito. No período, descartaram-se 644 suspeitas.
De 2010 a 2015, nenhum caso foi registrado no estado. Em 2016, a doença reapareceu, com três episódios, todos terminando em morte. No ano seguinte, contabilizaram-se 75 casos, número que subiu quase sete vezes em 2018, quando chegaram a 503.
"Desde 2016, a febre amarela reemergiu e avançou em sua área de ocorrência e detecção no Estado de São Paulo. Atualmente, todo o território paulista é considerado área de risco e, portanto, área com recomendação de vacina", disse a secretaria estadual em boletim.