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Saúde

São Paulo suspende aulas presenciais por duas semanas

Alunos ficarão em casa entre 17 de março e 1º de abril
Daniel Mello Repórter da Agência Brasil
Publicado em 12/03/2021 - 14:55
São Paulo
Professora Eliane Conconi conversa com alunos em sala de aula da escola Thomaz Rodrigues Alckmin, no primeiro dia de retorno das escolas do estado de São Paulo para atividades extracurriculares em meio ao surto de coronavírus (COVID-19) em São
© REUTERS / Amanda Perobelli/direitos reservados

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou hoje (12) a suspensão das aulas presenciais da rede pública municipal e nas escolas particulares a partir da próxima quarta-feira (17) até o dia 1º de abril. Com o feriado prolongado da Páscoa, na prática os estudantes só deverão voltar à sala de aula no dia 5 de abril, depois do domingo de Páscoa (4 de abril). 

A antecipação do recesso de julho na capital paulista complementa a medida que já havia sido tomada pelo governo de São Paulo em relação à rede estadual. O governo paulista anunciou ontem (11) um endurecimento da quarentena contra o novo coronavírus no estado, com  a interrupção das aulas presenciais, fechamento de setores considerados essenciais e toque de recolher a partir das 20h. Na capital paulista, as escolas privadas poderão também antecipar o recesso ou manter as aulas de forma remota.

“Essa medida se faz necessária para que a gente consiga conter o avanço da covid-19 na cidade”, disse Covas ao fazer o anúncio. A ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais municipais está em 82%. No entanto, um balanço do governo estadual divulgado na última quarta-feira (10) apontava que nove hospitais públicos do município estavam com todos os leitos de UTI ocupados e outro só tinha 5% das vagas disponíveis.

Contaminação na cidade

A prefeitura também aprimorou a metodologia do inquérito sorológico que vem acompanhando a evolução da contaminação na cidade. Além do teste imunomatográfico que vinha sendo feito com a coleta de sangue de voluntários, foi realizado o exame Elisa, semelhante ao usado para detecção do HIV. O segundo exame foi aplicado nos casos com resultado negativo na primeira testagem.

Como resultado, foi verificado um aumento significativo no percentual de pessoas contaminadas com o novo coronavírus na cidade. Assim, 25% dos habitantes da capital paulista já tiveram contato com o vírus, de acordo com o inquérito.

A prevalência é maior na zona sul da capital (28,6%) e menor na parte centro-oeste (19,4%). Nas zonas leste e norte o percentual de contaminados ficou em 26%.

Entre a população mais rica, em regiões com índice de desenvolvimento humano (IDH) mais alto, 20,1% já tiveram contato com o vírus, enquanto entre os que vivem nas áreas com o Índice de Desenvolvimento Humano  (IDH) mais baixo, 28,8% já foram contaminados. A faixa de idade com maior contato com o vírus é entre 18 e 35 anos, com um índice de contaminação de 29,4%.