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Saúde

Covid-19: 1.141 municípios relatam risco de ficar sem kit intubação

São 625 os municípios que temem a falta de oxigênio
Jonas Valente – Repórter Agência Brasil
Publicado em 01/04/2021 - 20:58
Brasília
lote de medicamentos que integram o chamado kit de intubação – conjunto de remédios voltados a auxiliar na intubação de pacientes com nível crítico de evolução da Covid-19
© Américo Antonio/Sesa

Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que pelo menos 1.141 cidades têm risco de desabastecimento de “kit intubação”, nome dado aos produtos utilizados no processo de intubação de pacientes, procedimento muitas vezes necessário para o tratamento pacientes com covid-19.

O estudo da entidade sobre as demandas em relação à pandemia ouviu 2.553 municípios de todas as regiões do país, 45,9% do total. Se considerada essa amostra, o percentual de cidades com risco de desabastecimento desses medicamentos fica em 44,7%.

Outros 7,1% dos ouvidos no levantamento não deram respostas especificamente sobre este ponto questionado. Ainda faltam informações, contudo, das demais prefeituras que não responderam.

Oxigênio

A pesquisa também avaliou o risco de desabastecimento de oxigênio, problema que vem se expandindo desde a crise de oferta desse insumo em Manaus em janeiro deste ano. Ao todo, 625 prefeituras responderam que temem a falta de oxigênio para o atendimento a pacientes com covid-19.

Este número representa 24,5% da amostra. Outros 3,5% ouvidos pela pesquisa não deram retorno sobre este ponto específico.

Vacinas

De acordo com o levantamento, 2.503 cidades ouvidas relataram ter recebido vacinas. O número compreende 98% da amostra investigada pela equipe da Confederação Nacional dos Municípios.

Entre os participantes do estudo, 610 responderam terem recebido vacinas pelo menos uma vez na última semana, o correspondente a 23,9%. Já outros 1.746 relataram ter tido repasse de imunizantes pelo menos duas vezes, o que representa 68,4% da amostra investigada.

Medidas de restrição

O estudo da CNM avaliou as medidas de distanciamento para combater a circulação do novo coronavírus. Entre os ouvidos, 948 disseram ter implementado o fechamento de atividades não essenciais (também chamado de lockdown), o equivalente a 37,1%. Outros 1.580 afirmaram não ter optado por tais ações, o que corresponde a 61,9%.

Já o toque de recolher foi implantado por 2.098 cidades, o que representa 82,2% dos entrevistados. A medida não foi adotada por 448 prefeituras, o que corresponde a 17,5%.

A restrição de atividades aos fins-de-semana foi colocada em prática por 2.246 prefeituras, ou 88% dos entrevistados, enquanto 300 municípios não fizeram uso deste recurso, ou 11,8% dos ouvidos.

A diminuição dos ônibus públicos foi implementada por 1.137 cidades, ou 44,5%. Já 664 relataram não terem determinado essa restrição, ou 26%. Outros 752 municípios não responderam a essa pergunta específica.

Aulas

A paralisação das aulas presenciais ocorreu em 2.282 cidades, o correspondente a 89,4% dos ouvidos. Outros 254 municípios não suspenderam as atividades educacionais em suas escolas, o equivalente a 9,9% dos participantes do levantamento.

Feriados

A antecipação de feriados municipais, em curso nesta semana em São Paulo e no Rio de Janeiro, foi adotada por 390 prefeituras, ou 15,3% da amostra. A maioria, 2.135, não empregou este recurso, ou 83,6% dos ouvidos.