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Saúde

OMS: se voltarmos a como as coisas eram antes da covid-19, falharemos

Diretor-geral concedeu coletiva após declarar fim da emergência
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 05/05/2023 - 12:28
Brasília
FILE PHOTO: World Health Organization chief Tedros Adhanom Ghebreyesus attends a ceremony to launch a multiyear partnership with Qatar on making FIFA Football World Cup 2022 and mega sporting events healthy and safe at the WHO headquarters, in Geneva, Switzerland, October 18, 2021. Fabrice Coffrini/ Pool via REUTERS/File Photo
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Após declarar o fim da covid-19 como emergência em saúde pública de importância internacional, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, avaliou que, se voltarmos a como as coisas eram antes do vírus, teremos falhado em aprender lições e falhado com as futuras gerações.

“Essa experiência deve mudar a todos nós para melhor. Deve nos tornar mais determinados para cumprir a missão que as nações tinham quando fundaram a OMS em 1948: o mais alto padrão possível de saúde para todas as pessoas”, destacou.  

Durante coletiva de imprensa em Genebra, Tedros defendeu que os estados-membros da organização assumam o compromisso de não voltar ao que chamou de “velho ciclo de pânico e negligência” que deixou o mundo vulnerável. “Seguiremos em frente com o compromisso de enfrentar ameaças compartilhadas com uma resposta compartilhada”.

“Uma das maiores tragédias da covid-19 é que não precisava ter sido assim. Temos as ferramentas e as tecnologias para nos prepararmos melhor para as pandemias, para detectá-las mais cedo, para responder a elas de forma mais rápida e para mitigar seu impacto.”  

Em sua fala, o diretor-geral da OMS lembrou que, globalmente, a falta de equidade e de solidariedade entre os países fizeram com que essas ferramentas não fossem usadas com a eficácia correta, enquanto vidas que não deveriam ter sido perdidas se foram.

“Como comunidade global, o sofrimento que suportamos, as lições dolorosas que aprendemos, os investimentos que fizemos e as capacidades que construímos não devem ser desperdiçados”, disse. “Devemos prometer a nós mesmos e a nossos filhos e netos que nunca mais cometeremos esses erros”.