Brasil recorre à OMC por causa de subsídio da Índia ao açúcar
![Arquivo/Elza Fiúza/ABr Plantação de cana-de-açúcar, usada para produzir açúcar e etanol](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Elza Fiúza/Agência Brasil Cana-de-açúcar](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
O governo do Brasil formalizou hoje (27) consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC), no âmbito do Sistema de Solução de Controvérsias, contra os subsídios ao setor de açúcar na Índia. A Austrália também formalizou nesta quarta-feira pedido de consultas com questionamentos semelhantes ao governo indiano.
As informações são dos ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e de Relações Exteriores que divulgou de nota conjunta detalhando o processo. O pedido de consultas é a primeira etapa formal de um contencioso na OMC. O temor é que as ações indianas causem prejuízos ao mercado açucareiro brasileiro.
“O governo brasileiro tem expectativa de que as consultas com o governo indiano contribuam para o equacionamento da questão”, diz o comunicado. “[O objetivo é] questionar aspectos do regime indiano de apoio ao setor açucareiro, em particular o programa de sustentação do preço da cana-de-açúcar”, acrescenta o texto.
A consulta ocorre no momento em que a Índia registrou um salto na produção açucareira, podendo superar o Brasil, na produção global. Pelos cálculos de especialistas, segundo o governo brasileiro, a estimativa é que a oferta adicional indiana poderá gerar, na safra 2018/2019, supressão de até 25,5% do preço internacional do produto, gerando prejuízo de até US$ 1,3 bilhão para os exportadores brasileiros.
“No entendimento do Brasil, a recente ampliação dos subsídios indianos tem causado impactos significativos no mercado mundial de açúcar", diz texto do Itamaraty.
*Matéria alterada às 15h45 para inclusão de informações.
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![Rovena Rosa/Agência Brasil São Paulo (SP), 11/03/2024 - Parte do grupo de refugiados afegãos com visto humanitário que está acampado no Aeroporto Internacional de Guarulhos é levado para abrigo no primeiro dia do Ramadã. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)