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Educação

Estudantes ocupam mais de 100 escolas paulistas em protesto contra reforma

O Tribunal de Justiça indeferiu liminar para reintegração de posse das
Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 23/11/2015 - 19:30
São Paulo
São Paulo - Escola Estadual Diadema ocupada por estudantes contra a reorganização escolar que será implantada em janeiro de 2016 pela Secretaria de Educação (Rovena Rosa/Agência Brasil)
© Rovena Rosa/Agência Brasil
São Paulo - A Escola Estadual Diadema é uma das unidades de ensino ocupadas por estudantes em protesto contra a reorganização que será implantada em janeiro pela Secretaria de Educação (Rovena Rosa/Agência Brasil)

A  Escola  Estadual  Diadema,  uma  das  unidades ocupadas por estudantes Arquivo/Agência Brasil

A Secretaria Estadual de Educação informou nesta segunda-feira (23) que 108 escolas paulistas estão ocupadas por estudantes que protestam contra o fechamento de 94 unidades de ensino no estado. Levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial no Estado de São Paulo (Apeoesp), no entanto, indica que 114 escolas estão ocupadas.

Os estudantes defendem a discussão do projeto de reorganização da rede de ensino com a comunidade escolar e que não ocorra já no próximo ano, como foi anunciado pelo governo paulista. A proposta prevê a segmentação das escolas em três grupos (anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio), o que levará ao fechamento de várias unidades.

Na manhã de hoje, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) indeferiu o pedido de liminar para reintegração de posse das escolas. A medida foi comemorada pela Apeoesp: "o próprio Judiciário considera que o governo está agindo de forma autoritária, sem debate e sem consulta às comunidades”, disse em nota o sindicato.

Estava prevista para hoje também mais uma audiência de conciliação entre as partes, mas foi suspensa por causa da ausência de representantes da Procuradoria do Estado. A Agência Brasil procurou representantes da procuradoria para saber os motivos, mas não houve retorno até a publicação da reportagem.

A defensora pública Mara Ferreira, que representa os estudantes na ação judicial, informou que a comunicação da audiência foi apenas na manhã de hoje, o que, naturalmente, dificultou a presença das partes. Apesar de ter comparecido, Mara afirmou que o mais adequado seria remarcar a audiência.