Homem que explodiu bombas estava em Brasília desde julho
O homem que explodiu duas bombas na Praça dos Três Poderes estava em Brasília desde julho, com casa e um trailer alugados no nome dele, informou nesta quinta-feira (14) a Polícia Federal.
O responsável pelo atentado Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, Santa Catarina, era chaveiro e tinha 59 anos.
De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, ainda não foi levantado o sigilo bancário, mas a família informou que Francisco vivia de aluguéis de imóveis na cidade dele.
"Sabemos já, pela própria fala de familiares, que essa pessoa se sustentava com aluguéis de alguns imóveis lá na região onde ele morava anteriormente e isso é o que suportava ele aqui".
O trailer alugado por Francisco estava estacionado próximo do carro que explodiu com fogos de artifício na noite dessa quarta (13). A casa fica na região administrativa de Ceilândia, a 30 quilômetros da Esplanada dos Ministérios.
Dentro da casa, o diretor-geral Andrei Rodrigues afirmou que havia uma frase na parede que fazia menção a uma pichação na estátua na justiça nos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado. Também foram encontrados explosivos.
Uma armadilha foi deixada na casa pelo suspeito.
"O robô entrou na residência e ato contínuo, ao abrir uma gaveta para fazer a busca, houve uma explosão. Uma explosão gravíssima que o uso do robô salvou a vida de alguns policiais. Que se tivessem ingressado na residência certamente não sobreviveriam àquela intensidade da explosão."
Andrei Rodrigues afirmou que o caso vai ser investigado como terrorismo.
"Estamos trabalhando com essas hipóteses criminais de uma ação terrorista, mas também da ação de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. E esse caso se conecta com outras investigações nossas aqui da Polícia Federal."
Segundo diretor-geral da PF, Francisco esteve em Brasília no início de 2023, época dos atos golpistas de oito de janeiro. Sobre se ele agiu sozinho ou não, o delegado informou que nenhuma linha de investigação está descartada.
